Análise tectono-estratigráfica das seqüências permotriassica e jurocrtácea da bacia chacoparanense uruguaia ("Cuenca Norte")

Santa Ana Alvarez, Héctor Barrett de

Supervisor(es): Fulfaro, Vicente José

Resumen:

A Bacia Norte ou Chacoparanense Uruguaia situa-se na região norte do territorio uruguaio e abrange uma área de aproximadamente 90.000 km2. A partir de uma análise estratigrafica e estrutural baseada em dados de superfície e subsuperfície, propõe-se uma coluna estratigráfica de acordo com as novas idades e definições litoestratigráficas, e um novo modelo de evolução tectonossedimentar dessa bacia. O registro Neopaleozóico e Eomesozóico da bacia é composto por duas seqüências estratigráficas limitadas por discordâncias regionais, que constituem dois superciclos de segunda ordem: a Tectonosseqüência Permo-Triássica (Asseliano-Scytiano) e a Tectonosseqüência Juro-Cretácea (Jurássico Médio-Neocomiano). Foi proposta uma nova litoestratigrafia para toda a bacia, redefinindo-se asformações San Gregorio, Tres Islas, Frayle Muerto, Mangrullo, Paso Aguiar, Yaguarí, Buena Vista e Tacuarembó; e definidas três novas unidades litoestratigráficas: as formações Cerro Pelado, Gaspar e Itacumbú. Para cada uma das tectonosseqüências foi definida a evolução do preenchimiento sedimentar, as associações de fácies e os sistemas deposicionais. No Permo- Triássico foram caracterizados quatro ciclos: o ciclo glaciogênico Asseliano-Kunguriano, materializado pelos sistemas Rio Negro e Cuchilla de Guazunambí; o ciclo marinho-deltaico Kunguriano, integrado pelo Sistema Cuchilla de Melo Este; o ciclo transicional-marinho Kazaniano, materializado pelos Sistemas Cañada del Barón e Cuchilla de Matamoros-Mangrullo; e o ciclo flúvio-eólico, do Tatariano-Scythiano, definido pelo Sistema Cuchilla Grande Norte. No superciclo Juro-Cretáceo foram caracterizados dois ciclos vulcanossedimentares de natureza continental: o ciclo flúvio-lacustre, materializado pelo Sistema Itacumbú (Jurássico Médio); e o ciclo lacustreflúvio-éolico, do Jurássico Superior-Cretáceo Inferior, definido pelo Sistema Cuchilla Negra. O tectonismo sinsedimentar permo-triássico vincula-se às Orogêneses Finiherciniana (Eopermiana) e Tardiherciniana Neopermiana-Eotriássica), materializadas em três fases de deformação de natureza compressiva, responsáveis pela individualização de arcos internos e marginais, e por subsidências localizadas, com a geração de depocentros e sub-bacias. Essas são definidas pelos alineamentos Yacaré, Cuaró-Paguero- Corrales, Itacumbú-Tacuarembó, Itapebí, Palomas, Río Arapey, Tambores e Paysandú-CerroOmbú. Na evolução tectônica do Juro-Cretáceo individualizase um dominio distensivo, onde se definem duas fases de deformação e magmatismo, rift I e rift II, associadas ao processo de fragmentação do Gondwana e à abertura do oceano Atlântico Sul.


Detalles Bibliográficos
2004
GEOLOGIA
GEOLOGIA REGIONAL
ESTRATIGRAFIA
TECTONICA
PERMICO
JURASICO
SEDIMENTOLOGIA
Portugués
Universidad de la República
COLIBRI
https://hdl.handle.net/20.500.12008/44523
Acceso abierto
Licencia Creative Commons Atribución - No Comercial - Sin Derivadas (CC - By-NC-ND 4.0)
Resumen:
Sumario:A Bacia Norte ou Chacoparanense Uruguaia situa-se na região norte do territorio uruguaio e abrange uma área de aproximadamente 90.000 km2. A partir de uma análise estratigrafica e estrutural baseada em dados de superfície e subsuperfície, propõe-se uma coluna estratigráfica de acordo com as novas idades e definições litoestratigráficas, e um novo modelo de evolução tectonossedimentar dessa bacia. O registro Neopaleozóico e Eomesozóico da bacia é composto por duas seqüências estratigráficas limitadas por discordâncias regionais, que constituem dois superciclos de segunda ordem: a Tectonosseqüência Permo-Triássica (Asseliano-Scytiano) e a Tectonosseqüência Juro-Cretácea (Jurássico Médio-Neocomiano). Foi proposta uma nova litoestratigrafia para toda a bacia, redefinindo-se asformações San Gregorio, Tres Islas, Frayle Muerto, Mangrullo, Paso Aguiar, Yaguarí, Buena Vista e Tacuarembó; e definidas três novas unidades litoestratigráficas: as formações Cerro Pelado, Gaspar e Itacumbú. Para cada uma das tectonosseqüências foi definida a evolução do preenchimiento sedimentar, as associações de fácies e os sistemas deposicionais. No Permo- Triássico foram caracterizados quatro ciclos: o ciclo glaciogênico Asseliano-Kunguriano, materializado pelos sistemas Rio Negro e Cuchilla de Guazunambí; o ciclo marinho-deltaico Kunguriano, integrado pelo Sistema Cuchilla de Melo Este; o ciclo transicional-marinho Kazaniano, materializado pelos Sistemas Cañada del Barón e Cuchilla de Matamoros-Mangrullo; e o ciclo flúvio-eólico, do Tatariano-Scythiano, definido pelo Sistema Cuchilla Grande Norte. No superciclo Juro-Cretáceo foram caracterizados dois ciclos vulcanossedimentares de natureza continental: o ciclo flúvio-lacustre, materializado pelo Sistema Itacumbú (Jurássico Médio); e o ciclo lacustreflúvio-éolico, do Jurássico Superior-Cretáceo Inferior, definido pelo Sistema Cuchilla Negra. O tectonismo sinsedimentar permo-triássico vincula-se às Orogêneses Finiherciniana (Eopermiana) e Tardiherciniana Neopermiana-Eotriássica), materializadas em três fases de deformação de natureza compressiva, responsáveis pela individualização de arcos internos e marginais, e por subsidências localizadas, com a geração de depocentros e sub-bacias. Essas são definidas pelos alineamentos Yacaré, Cuaró-Paguero- Corrales, Itacumbú-Tacuarembó, Itapebí, Palomas, Río Arapey, Tambores e Paysandú-CerroOmbú. Na evolução tectônica do Juro-Cretáceo individualizase um dominio distensivo, onde se definem duas fases de deformação e magmatismo, rift I e rift II, associadas ao processo de fragmentação do Gondwana e à abertura do oceano Atlântico Sul.