Curupira : ensaio sobre tradução e dívida colonial

Jesus, Alexandro Silva de

Resumen:

Movendo-se entre um conjunto de documentos que, do século XVI ao XX, produziram narrativas sobre o curupira, as páginas que se seguem procuram pensar o papel fundamental da tradução no constructo colonial. Tomando cada uma dessas narrativas em sua dispersão própria, o que se demonstra é o modo como a língua do colonizador torna-se anterior na linguagem, e como seu valor canônico para dizer a experiência sustenta o pressuposto sobre a dívida dos sujeitos e culturas colonizados. Para tal, busquei ressaltar paralelismos entre o modo de acontecer da colonização e as impressões que, a cada vez, se produziam sobre o curupira. Muito embora minha análise tenha se desdobrado a partir de narrativas sobre o curupira, a costura que tais narrativas sofreram aqui não conta sua história. Desde o começo, farei referência a mais de uma força para marcar os diversos modos pelos quais elas, diferenciadas e dispersas entre si, puderam ser recolhidas pelas impressões, a partir dos regionalismos (courupira, curupira, currupira) de um mesmo significante .


Detalles Bibliográficos
2016
BRASIL
LENGUAS
TRADUCCION
COLONIALISMO
Portugués
Universidad de la República
COLIBRI
http://hdl.handle.net/20.500.12008/9117
Acceso abierto
Licencia Creative Commons Atribución – No Comercial – Sin Derivadas (CC BY-NC-ND 4.0)
Resumen:
Sumario:Movendo-se entre um conjunto de documentos que, do século XVI ao XX, produziram narrativas sobre o curupira, as páginas que se seguem procuram pensar o papel fundamental da tradução no constructo colonial. Tomando cada uma dessas narrativas em sua dispersão própria, o que se demonstra é o modo como a língua do colonizador torna-se anterior na linguagem, e como seu valor canônico para dizer a experiência sustenta o pressuposto sobre a dívida dos sujeitos e culturas colonizados. Para tal, busquei ressaltar paralelismos entre o modo de acontecer da colonização e as impressões que, a cada vez, se produziam sobre o curupira. Muito embora minha análise tenha se desdobrado a partir de narrativas sobre o curupira, a costura que tais narrativas sofreram aqui não conta sua história. Desde o começo, farei referência a mais de uma força para marcar os diversos modos pelos quais elas, diferenciadas e dispersas entre si, puderam ser recolhidas pelas impressões, a partir dos regionalismos (courupira, curupira, currupira) de um mesmo significante .