Curupira : ensaio sobre tradução e dívida colonial
Resumen:
Movendo-se entre um conjunto de documentos que, do século XVI ao XX, produziram narrativas sobre o curupira, as páginas que se seguem procuram pensar o papel fundamental da tradução no constructo colonial. Tomando cada uma dessas narrativas em sua dispersão própria, o que se demonstra é o modo como a língua do colonizador torna-se anterior na linguagem, e como seu valor canônico para dizer a experiência sustenta o pressuposto sobre a dívida dos sujeitos e culturas colonizados. Para tal, busquei ressaltar paralelismos entre o modo de acontecer da colonização e as impressões que, a cada vez, se produziam sobre o curupira. Muito embora minha análise tenha se desdobrado a partir de narrativas sobre o curupira, a costura que tais narrativas sofreram aqui não conta sua história. Desde o começo, farei referência a mais de uma força para marcar os diversos modos pelos quais elas, diferenciadas e dispersas entre si, puderam ser recolhidas pelas impressões, a partir dos regionalismos (courupira, curupira, currupira) de um mesmo significante .
2016 | |
BRASIL LENGUAS TRADUCCION COLONIALISMO |
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Portugués | |
Universidad de la República | |
COLIBRI | |
http://hdl.handle.net/20.500.12008/9117 | |
Acceso abierto | |
Licencia Creative Commons Atribución – No Comercial – Sin Derivadas (CC BY-NC-ND 4.0) |
Sumario: | Movendo-se entre um conjunto de documentos que, do século XVI ao XX, produziram narrativas sobre o curupira, as páginas que se seguem procuram pensar o papel fundamental da tradução no constructo colonial. Tomando cada uma dessas narrativas em sua dispersão própria, o que se demonstra é o modo como a língua do colonizador torna-se anterior na linguagem, e como seu valor canônico para dizer a experiência sustenta o pressuposto sobre a dívida dos sujeitos e culturas colonizados. Para tal, busquei ressaltar paralelismos entre o modo de acontecer da colonização e as impressões que, a cada vez, se produziam sobre o curupira. Muito embora minha análise tenha se desdobrado a partir de narrativas sobre o curupira, a costura que tais narrativas sofreram aqui não conta sua história. Desde o começo, farei referência a mais de uma força para marcar os diversos modos pelos quais elas, diferenciadas e dispersas entre si, puderam ser recolhidas pelas impressões, a partir dos regionalismos (courupira, curupira, currupira) de um mesmo significante . |
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