El campo del problema de investigación es: ¿por qué no se pudo transformar, cómo se sostuvo que se haría el Sistema Nacional de Educación Pública? Se indaga desde el psicoanálisis como ciencia conjetural los deseos de cambio, a la vez que con los obstáculos que se presentan, las resistencias y los impasses en los registros humanos, imaginario, simbólico y real, que anudan el síntoma. La tesis propone la existencia de un entramado fantasmático social metanovela como formación discursiva e histórica, perteneciente al tiempo fundacional de la nación, metarrelato que aún en franco des-caecimiento, se resiste a su transformación. La investigación refiere al tema de los grandes metarrelatos de la Modernidad, en especial aquellos referidos al vasto campo de la educación, a la filosofía y a las políticas educativas, en estrecha relación con la historia y los discursos fundantes del Uruguay como país republicano. Se ahonda en las singularidades del discurso educativo en tiempos iniciales como Estado-Nación y en los últimos años, centrándose en el vínculo entre lo anterior y lo actual, las dificultades suscitadas posteriormente, a la hora de efectuar transformaciones educativas profundas. Los procesos de indagación fueron realizados y analizados desde el psicoanálisis, como theoria-praxis, como experiencia y método que muestra, enuncia, que torna visible y hace posible que algún campo de problemas se manifieste, se explicite, se dirima al analizar las resistencias como fuerzas que tienden a conservar las identificaciones lo-gradas resistiéndose al cambio. Psicoanálisis como dispositivo generador de condiciones de posibilidad, de poder causar subjetividad sea en la dimensión singular, institucional o nacional; como dispositivo para poder analizar y proyectar el devenir de los procesos de transformación de la enseñanza y de los aprendizajes, para planificar políticas de las didácticas, de formación docente, para generar formas nuevas de abordar las configuraciones vinculares de y con niños, adolescentes y jóvenes provenientes de sectores de gran vulnerabilidad social, sobre los cuales recae una profunda desigualdad con la concomitante violencia social estructural que los acoge y espera en su llegada al mundo. Fue un complejo desafío que tomó el gobierno nacional del Uruguay en el período 2005- 2015, el de producir reformas en la educación, siguiendo la diacronía del discurso fundador- para lograr transformaciones en las estructuras sociales, económicas y políticas, las que una vez logradas profundizasen los cambios en los procesos educativos, cortando la reproducción de lo anterior, lo que aun sin querer, se repite.

O campo do problema da pesquisa é: por que não foi possível transformar como foi argumentado que seria feito no Sistema Nacional de Educação Pública? Da mesma forma, meu desejo de indagar nessas profundidades humanas a partir da perspectiva da psicanálise, como uma ciência conjectural ou disciplina geradora e fundadora de dis-cursividade, que trabalha com os obstáculos à mudança, com as resistências e os im-passes nos registros humanos, imaginário, simbólico, real que atam o sintoma. A tese propõe a existência de uma estrutura social fantasmática 'metanovela' como uma for-mação discursiva e histórica, pertencente ao tempo de fundação da nação, uma meta-narrativa em franca decadência mas resistente à sua transformação. A pesquisa se refere ao tema das grandes metanarrativas da Modernidade, especialmente aquelas que se referem ao vasto campo da educação, filosofia e políticas educacionais, em estreita relação com a história e os discursos fundadores do Uruguai como um país republicano, como um Estado-nação moderno. Pretende aprofundar nas singularidades do discurso educacional dentro destes processos fundadores e, nos últi-mos anos, concentrar a pesquisa na ligação entre o acima exposto e as dificuldades em realizar transformações educacionais profundas. Os processos de investigação foram realizados e analisados sob a perspectiva da psicanálise, como teoria-práxis, como experiência e método que mostra, enuncia e evidencia, que torna visível e torna possível que alguns campos de problemas se manifes-tem, se explicitem, se resolvam analisando as resistências como forças que tendem a preservar as identificações alcançadas e a resistir às mudanças. A psicanálise como dispositivo que gera condições de possibilidade de causar subjetividade na dimensão singular, institucional e nacional, de poder analisar e projetar a evolução dos processos de transformação no ensino e na aprendizagem, nas políticas didáticas, na formação de professores, assim como nas configurações relacionais de e com crianças, adolescen-tes e jovens provenientes de setores de grande vulnerabilidade social, nos quais a pro-funda desigualdade e a concomitante violência social estrutural é o que os acolhe e os espera na sua chegada ao mundo. Foi um desafio complexo assumido pelo governo nacional do Uruguai no período 2005-2015 para produzir reformas na educação - seguindo a diacronia do discurso fundador - a fim de alcançar transformações nas estruturas sociais, econômicas e políticas e uma vez conseguidas, aprofundar as mudanças nos processos educacionais que cor-tariam a reprodução do que havia sido feito antes, o que, mesmo sem querer, ainda está se repetindo.