Consequências da contradição entre o conceito jurídico-legal de pesca artesanal e sua prática no Brasil
Resumen:
O presente trabalho pretende evidenciar a contradição entre o conceito jurídico-legal de pesca artesanal no Brasil e a prática social dessa atividade produtiva. A partir dessa contradição, verificar seus efeitos sobre a pesca artesanal. A tentativa estatal de transformação de uma atividade tradicional em uma atividade de cunho industrial causou impactos sociais e ambientais irreversíveis. As políticas estatais derivadas do conceito de pesca vigente desestimulam a produção artesanal, contribuindo para a desagregação de comunidades tradicionais, de seu modo de vida e de sua cultura. Além disso, estimula o surgimento de monopólios industriais na captura e na distribuição do pescado, prejudicando as práticas comerciais no setor. A questão é que a ideologia do industrialismo persiste nas políticas estatais brasileiras, sem qualquer atenção a formas de comércio e de desenvolvimento social afetados pela industrialização forçada. Tal remonta aos intuitos industrialistas característicos do período militarista brasileiro, após 1964. Nesse sentido, a contradição nas normas do setor pesqueiro conduz à identidade de intuitos e de políticas econômicas desenvolvimentistas entre o Estado ditatorial e o Estado Democrático contemporâneo, segundo o arranjo institucional atual brasileiro.
2011 | |
Pesca artesanal Instrustrialismo Estado democrático INDUSTRIALIZACION PESCA MEDIO AMBIENTE ECONOMIA PESQUERA POLITICAS PUBLICAS ASPECTOS SOCIALES |
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Portugués | |
Universidad de la República | |
COLIBRI | |
https://hdl.handle.net/20.500.12008/39696 | |
Acceso abierto | |
Licencia Creative Commons Atribución - No Comercial - Sin Derivadas (CC - By-NC-ND 4.0) |
Sumario: | O presente trabalho pretende evidenciar a contradição entre o conceito jurídico-legal de pesca artesanal no Brasil e a prática social dessa atividade produtiva. A partir dessa contradição, verificar seus efeitos sobre a pesca artesanal. A tentativa estatal de transformação de uma atividade tradicional em uma atividade de cunho industrial causou impactos sociais e ambientais irreversíveis. As políticas estatais derivadas do conceito de pesca vigente desestimulam a produção artesanal, contribuindo para a desagregação de comunidades tradicionais, de seu modo de vida e de sua cultura. Além disso, estimula o surgimento de monopólios industriais na captura e na distribuição do pescado, prejudicando as práticas comerciais no setor. A questão é que a ideologia do industrialismo persiste nas políticas estatais brasileiras, sem qualquer atenção a formas de comércio e de desenvolvimento social afetados pela industrialização forçada. Tal remonta aos intuitos industrialistas característicos do período militarista brasileiro, após 1964. Nesse sentido, a contradição nas normas do setor pesqueiro conduz à identidade de intuitos e de políticas econômicas desenvolvimentistas entre o Estado ditatorial e o Estado Democrático contemporâneo, segundo o arranjo institucional atual brasileiro. |
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