El desempleo juvenil constituye una de las claves en los estudios de jóvenes. Una de las premisas que habitualmente se considera dada (incuestionada e incuestionable) es que los jóvenes sufren el desempleo en mayor medida que los adultos. Sin embargo, podemos preguntarnos: ¿Siempre ha sido igual? ¿Afecta más a algunas cohortes de nacidos que a otras? ¿Varía en distintos períodos históricos? Incluso podemos ir más allá y preguntarnos si para distintas cohortes los efectos sobre el desempleo de los jóvenes producto de sus posiciones estructurales (intracohorte) son invariantes en el tiempo. Este artículo se aboca a responder estas interrogantes utilizando una serie larga (1985-2019) de la Encuesta Continua de Hogares en Uruguay, mediante la técnica age-cohort-period detrended (ACPD). La herramienta permite distinguir los efectos de estas tres variables (edad, cohorte y período), que son una combinación lineal. Los resultados obtenidos abren nuevas discusiones y cuestionan el uso que habitualmente se realiza de “los jóvenes”, como si la edad por sí misma los igualara y, sobre todo, como si a lo largo de la historia ser joven tuviera las mismas consecuencias, en este caso, abordando el desempleo.

Youth unemployment is one of the keys in youth studies. One of the premises that is usually considered given (unquestioned and unquestionable) is that young people suffer from unemployment to a greater extent than adults. However, we can ask ourselves, has it always been the same? Does it affect some birth cohorts more than others? Does it vary in different historical periods? Even going further, if for different cohorts the effects on youth unemployment as a result of their structural positions (intra-cohort) are invariant over time. This article aims to answer these questions using a long series in time (1985-2019) of Continuous Household Surveys in Uruguay, using the Age-Cohort-Period Detrended (ACPD) technique. The tool allows distinguishing the effects of these three variables (age, cohort, period) that are a linear combination. The results obtained open up new discussions and question the use that is usually made of "young people"; as if age itself equaled them, and above all if throughout history being young had the same consequences, in this case addressing unemployment.

O desemprego juvenil é uma das chaves nos estudos da juventude. Uma das premissas que costuma ser considerada dada (inquestionável e inquestionável) é que os jovens sofrem mais com o desemprego do que os adultos. No entanto, podemos nos perguntar, sempre foi assim? Afeta algumas coortes de nascimento mais do que outras? Varia em diferentes períodos históricos? Indo ainda mais longe, questionando-nos se para diferentes coortes os efeitos sobre o desemprego juvenil resultantes das suas posições estruturais (intra-coorte) são invariantes ao longo do tempo. Este artigo tem como objetivo responder a essas perguntas por meio de uma longa série no tempo (1985-2019) de Pesquisas Domiciliares Contínuas no Uruguai, usando a técnica Age-Cohort-Period Detrended (ACPD). A ferramenta permite distinguir os efeitos dessas três variáveis (idade, coorte, período) que são uma combinação linear. Os resultados obtidos abrem novas discussões e questionam o uso que se costuma fazer de "jovens"; como se a própria idade os igualasse, e sobretudo se ao longo da história ser jovem teve as mesmas consequências, neste caso abordando o desemprego.